segunda-feira, 23 de abril de 2012

O Racismo do Brasil. Lançando-se à análise crítica com o "anacronismo vivencial".

ANÁLISE CRÍTICA DOS DOCUMENTOS:
BRANQUEAMENTO E BRANQUITUDE NO BRASIL; RETRATO DO BRANCO RACISTA E ANTI RACISTA.


As questões raciais no Brasil vão além do que entendemos de racismo na atualidade e encontrar o eurocentrismo e o etnocentrismo como fatores preponderantes para a prática preconceituosa neste país, talvez seja equivocada e erronia, não que estes fatores não estejam ligados diretamente, porém há questões externas que desbastadas, chegarão ao que conhecemos de racismo brasileiro no século XXI. O trabalho de Lourenço Cardoso deixa claro que há uma branquitude crítica e acrítica no Brasil, onde por ora, sugere o autor que estabelecem racismos diversos, no entanto discorre erroneamente em questões de ativismo ideológico e não elucida na prática o que o brasileiro entende como algo preconceituoso. Sugiro que o erro de Lourenço Cardoso em sua tese, foi não ter avançado no sentido da Colonização do Brasil, que deu inicio a um Brasil racista e verdadeiramente branqueado, sob a égide de um cristianismo corrompido, iniciando-se pelo escambo, troca comum de quinquilharias com indígenas, partindo para escravidão indígena, organizada entre Coroa-Igreja comungando da mesma idéia, gerar lucros a Portugal, através da mão de obra indígena. À priori, discorro de forma anacrônica me aproximando do sentindo da colonização do Brasil, buscando compreender os nossos problemas de ignorância plena, haja vista que um indivíduo racista regride, lançando-se a uma hegemonia de raça, já desgastada e desmistificada pela historiografia. Bem quisto será um cidadão sem preconceitos étnicos, raciais, sexuais ou religiosos nos discursos atuais, no entanto é sabido que no Brasil a hipocrisia toma conta das mídias e transfere-se a população em geral, e este bem querer, talvez seja algo sem raízes, ou seja, como fosse uma forma de racismo crítico, bem colocado por Cardoso. Fundamento-me na obra de Caio Prado Júnior (1942) que na problemática, busca compreender a formação do Brasil contemporâneo. Creio que o racismo se iniciou com a chegada dos europeus, não só por questões eurocêntricas, mas pela busca da hegemonia portuguesa no mercado europeu e a conquista do solo brasileiro se fez para expandir o território e encontrar aqui matéria prima para levar a Europa, cabendo no processo o escambo e posteriormente a escravidão indígena. Para dar um caráter "economicista" a minha Resenha crítica, interajo com outra pesquisa e esta de autoria de João Pacheco de Oliveira e Carlos Augusto da Rocha Freira, A presença Indígena na Formação do Brasil (2006), pois nesta tese, o objetivo da colonização era o de produzir produtos que pudessem ser comercializados nos mercados europeus. Tanto os portugueses, os missionários Jesuítas e os colonos que aqui se fixaram por intermédio de subsídio da Coroa, traçaram metas de dominação, onde não obtiveram êxito na escravização do povo indígena, pois os homens indígenas não eram acostumados com a agricultura em grande escala e também por haver resistência dos diversos povos indígenas. Desta forma, ocorre a transição da mão de obra escravizada indígena para a fixação de outro povo condenado ao domínio, sendo este de origem africana. As compreensões diversas do racismo atual no Brasil são enxergadas por diversas formas, entre elas estão a cultural e a profissional. Para se dar um exemplo, vamos ao futebol, esporte este que leva multidões em todo o mundo, no entanto fez do Brasil aos pés de um homem negro, uma supremacia que nos leva a uma reflexão confusa. Como um país racista, pode coroar um Rei negro, rei do futebol e orgulho da Nação? Sim, este país é racista, mas se enxerga, fatores externos e os interesses capitalistas encobrem o racismo já impetrado. O futebol no Brasil iniciou-se com brancos e tão logo foram aceitos negros por questões óbvias. O negro era visto como veloz e sinônimo de agilidade, visão esta transferida para o campo de jogo. Do amadorismo ao profissionalismo, fácil é encontrar os interesses monetários e fez-se aí, uma maneira de aceitação ao negro no Brasil. Esta não é uma citação de uma nova forma branda de preconceito, como é o tão criticado o Gilberto Freyre, mas cabe uma reflexão quando chamamos um homem negro de Rei. Citarei Nelson Rodrigues, cronista esportivo e jornalista. Tido como “reacionário” ao qual apoiou o Golpe Militar em 1964 por entender que o Regime era o melhor para o país naquele momento. Nelson Rodrigues descreveu assim o Pelé, antes mesmo da fama cosmopolita de Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé.

 “Depois do jogo América x Santos, seria uma crime não fazer de Pelé o meu personagem da semana. Grande figura, que o meu confrade Albert Laurence chama de “o Domingos da Guia do ataque”. Examino a ficha de Pelé e tomo um susto: — dezessete anos! Há certas idades que são aberrantes, inverossímeis. Uma delas é a de Pelé. Eu, com mais de quarenta, custo a crer que alguém possa ter dezessete anos, jamais. Pois bem: — verdadeiro garoto, o meu personagem anda em campo com uma dessas autoridades irresistíveis e fatais. Dir-se-ia um rei, não sei se Lear, se imperador Jones, se etíope. Racionalmente perfeito, do seu peito parecem pender mantos invisíveis. Em suma: — Ponham-no em qualquer rancho e sua majestade dinástica há de ofuscar toda a corte em derredor. O que nós chamamos de realeza é, acima de todo, um estado de alma. E Pelé leva sobre os demais jogadores uma vantagem considerável: — a de se sentir rei, da cabeça aos pés. Quando ele apanha a bola e dribla um adversário, é como quem enxota quem escorraça um plebeu ignaro e piolhento. E o meu personagem tem tal sensação de superioridade que não faz cerimônias. Já lhe perguntaram: — “Quem é o maior meia do mundo?”. Ele respondeu, com a ênfase das certezas eternas: — “Eu”. Insistiram: — “Qual é o maior ponta do mundo?”. E Pelé: — “Eu”. Em outro qualquer, esse desplante faria rir ou sorrir. Mas o fabuloso craque põe no que diz uma tal carga de convicção, que ninguém reage e todos passam a admitir que ele seja, realmente, o maior de todas as posições. Nas pontas, nas meias e no centro, há de ser o mesmo, isto é, o incomparável Pelé. Vejam o que ele fez, outro dia, no já referido América x Santos. Enfiou, e quase sempre pelo esforço pessoal, quatro gols em Pompéia. Sozinho, liquidou a partida, liquidou o América, monopolizou o placar. Ao meu lado, um americano doente estrebuchava: — “Vá jogar bem assim no diabo que o carregue!”. De certa feita, foi até desmoralizante. Ainda no primeiro tempo, ele recebe o couro no meio do campo. Outro qualquer teria despachado. Pelé, não. Olha para frente e o caminho até o gol está entupido de adversários. Mas o homem resolve fazer tudo sozinho. Dribla o primeiro e o segundo. Vem-lhe ao encalço, ferozmente, o terceiro, que Pelé corta sensacionalmente. Numa palavra: — sem passar a ninguém e sem ajuda de ninguém, ele promoveu a destruição minuciosa e sádica da defesa rubra. Até que chegou um momento em que não havia mais ninguém para driblar. Não existia uma defesa. Ou por outra: — a defesa estava indefesa. E, então, livre na área inimiga, Pelé achou que era demais driblar Pompéia e encaçapou de maneira genial e inapelável. Ora, para fazer um gol assim não basta apenas o simples e puro futebol. É preciso algo mais, ou seja, essa plenitude de confiança, certeza, de otimismo, que faz de Pelé o craque imbatível. Quero crer que a sua maior virtude é, justamente, a imodéstia absoluta. Põe-se por cima de tudo e de todos. E acaba intimidando a própria bola, que vem aos seus pés com uma lambida docilidade de cadelinha. Hoje, até uma cambaxirra sabe que Pelé é imprescindível em qualquer escrete. Na Suécia, ele não tremerá de ninguém. Há de olhar os húngaros, os ingleses, os russos de alto a baixo. Não se inferiorizará diante de ninguém. E é dessa atitude viril e mesmo insolente que precisamos. Sim, amigos: — aposto minha cabeça como Pelé vai achar todos os nossos adversários uns pernas-de-pau – Nelson Rodrigues - 25 DE MARÇO DE 1958, NUM SANTOS 5 X 3 AMÉRICA, NO MARACANÔ. Nelson Rodrigues.

 O artigo acima mostra que o negro poderia ser figura importante e respeitada em nosso país, todavia o que se vê é uma aceitação, não única, porém que mascara todos os nossos problemas de racismo no Brasil. O interesse monetário e a forte presença do futebol em nossa cultura “amenizam” o racismo contra o negro brasileiro. Talvez seja este o motivo que faz os brasileiros comungarem de diálogos do “senso-comum” acreditando que o racismo não existe no Brasil contra o homem negro e até mesmo alguns negros não enxergam algumas formas de preconceito como o racismo fixado nesta Nação. Outro fator que enxergo como falho é o autor não mencionar as questões que transformaram o país em moderno ou discorrer nas transições que aqui houve. O positivismo militar inspirando em Comte tirou das mãos do Império em 1889 e transferiu o país aos senhores republicanos que deram continuidade a exclusão do negro na sociedade brasileira. Surgiu a idéia de branqueamento do país como prioridade naquele momento, subsidiando a chegada de europeus vindos de locais com dificuldades econômicas, como os italianos vindos do sul daquele país fugindo de doenças, como a pelegra, que matou diversos italianos. Por aqui não chegaram apenas italianos, mas uma enxurrada de povos e costumes diversos, ocorrendo assim uma grande reforma agrária, feita para doar terras a brancos europeus e também aos japoneses. Não que tenha sido de forma imediata, mas paulatinamente as terras foram sendo entregues aos brancos, cabendo ao negro um lugar “pormenor” na sociedade brasileira, mesmo tendo a sua liberdade conquistada em 1888. Eu não posso afirmar com veemência, porém alguns discursos da época citavam a questão do Haiti que viveu uma Revolução escravista em 1791 e o medo de alguns Republicanos brasileiros era que acontecesse o mesmo com o Brasil, no entanto não houve alarde e os negros do Brasil não tomaram a mesma iniciativa, não que não houvesse resistência, no entanto não foi fundamental para uma grande Revolução dos negros no Brasil para dar fim à escravidão. O fim da escravidão foi externo, por fatores econômicos e não internos e humanitários. No Haiti a Revolução deu inicio ao Processo de Independência em 1804 e no Brasil a liberdade dos negros em 1888 não deu a importância e participação devida no processo político e social a eles. A partir da liberdade do negro no Brasil, inicia-se a favelização, que escondiam os negros aos olhos da sociedade brasileira. Outra questão pouco aprofundada pelo autor, pois não se esforça em encontrar os motivos que levaram a perseguição do povo negro no Brasil e como eles chegaram às favelas e cortiços do país. Outra transição também não elucidada de forma correta se dá na transição dos Republicanos à era Vargas. De um Brasil cafeeiro, surge então outro período importante, embora seja contraditório, o Nacionalismo de Vargas levou o Brasil ao tecnicismo e este talvez tenha sido o primeiro momento que o negro inicia-se na inserção do mercado de trabalho. Após confrontos políticos internos, a aproximação de Vargas com a política estadunidense é muito importante para discorrer sobre o Brasil de hoje. A modernidade brasileira necessitava de mão de obra, longe da intelectualidade, negros também foram aceitos nas indústrias do Brasil, não que fosse regra, mas o país viu-se obrigado a aceitar negro como assalariado e a criação da CLT pelo Regime Vargas também deu ao negro os mesmos direitos dos brancos, ou seja, a carteira de trabalho assinada. Longe de resolver a questão racial no Brasil, meio que no fluxo econômico apareceu o negro no sistema fabril deste país, algumas décadas depois da sua Liberdade. Outro tema abordado em Retrato do Branco Racista e Anti-racista foram os grupos extremistas do ABC na região metropolitana de São Paulo e creio que este extremismo não faz parte da nossa identidade racista, por entender que estes grupos não conseguem expandir as suas ideologias e restringe-se a grupos não numerosos, pois o Brasil tem uma densidade geográfica enorme e uma população que não comunga desses mesmos ideais diretamente, população esta muita próxima dos 200 milhões de habitantes. O Racismo brasileiro não é o dos “carecas”. Voltando ao “legado” da era Vargas, a aproximação com a cultura estadunidense após apoiar as tropas daquele país na Segunda Guerra Mundial, faz-se presente a cultura do povo estadunidense, pois temos inúmeros jovens adeptos a cultura dos Estados Unidos da América e cultura mais relevante em lutas sociais contra o preconceito de cor vieram através do Rap dos Estados Unidos. Se o autor utilizou-se da Ku Klux Klan para mencionar a fixação de uma cultura “white power” entre os jovens da região do ABC, eu enfatizo a chegado do Hip Hop estadunidense como fonte de resistência do negro brasileiro. Nota-se que ao mesmo tempo em que há o preconceito racial, o negro brasileiro não é tão omisso quanto o texto nos mostra. É evidente que a mídia transforma o brasileiro como um povo de paz, de convivência inigualável, no entanto, há muito, o negro brasileiro sabe lutar pelos seus direitos e fazer a crítica contra a mídia. Distante de resolver as questões raciais, notáveis figuras dos guetos brasileiros e em especial da capital bandeirante, criticam a falta de oportunidade, a presença maciça de brancos na TV, em cargos corporativos de relevância e as dificuldades do negro no dia a dia, como no mercado de trabalho, na Cultura ou Religião e expõem as suas emblemáticas críticas em composições de rap. Na pesquisa Branqueamento e Branquitude no Brasil de Maria Aparecida Silva Bento, os aspectos sobre o branqueamento, o preconceito da elite brasileira para com o negro e o medo da ascensão negra se faz presente no projeto. Os interesses econômicos são bem colocados em sua obra e deixa nítido que a sociedade brasileira se acostumou a ver o branco como o belo e o negro como o temível, como a escuridão. A estética é questionada em sua tese e nota-se que há um zelo em desvendar no que o povo brasileiro chama de bonito e o motivo pelo qual há a miscigenação. Aponto como algo atual e que possa entrelaçar junto ao trabalho da autora que é a questão do cristianismo brasileiro. Sabe-se que a Santa de devoção dos brasileiros é negra e também é sabido que a sua cor original é cinza, quando assim foi encontrada na Região de Guaratinguetá-SP, a Igreja Católica Apostólica Romana, que teve presença relevante no Brasil na Colonização com a Ordem dos Jesuítas, ficou atrelada aos colonos e não conseguiu se impor nos processos políticos deste país, digo se impor, tratando de participação direta na política, pois bem, voltando a Nossa Senhora da Aparecida, a Igreja aceitou a devoção dos escravos junto a Santa e adotou os milagres para ela. Hoje, não sei ao certo se é pela forte presença da Igreja Protestante no Brasil, utilizando-se da regra pentecostal de não assimilar outras culturas, a Igreja Católica em solo brasileiro prefere manter distância das religiões de origens africanas e esta é uma questão fervorosa e muito discutida entre as religiões. Eu creio que faltou mais enfoque no preconceito a religião africana pela autora do Branqueamento e Branquitude no Brasil, porém ela conseguiu mostrar o quanto o brasileiro incorporou a branquitude e continua a perpetuar o racismo no Brasil, infelizmente. Sobre as práticas religiosas, encontro na tese de Anita Novinki sobre os prisioneiros do Brasil (2009), onde os brasileiros que foram presos na época colonial, acusados de judaísmo, homossexualismo, bigamia, feitiçaria, heresias e blasfêmias, todos estes mencionadas, e outros crimes de acusação praticados pela Igreja e pelo Estado. É perfeitamente crível sustentar a hipótese de que o brasileiro enraizou-se na inquisição européia praticada na Europa que se enfraqueceu com a Revolução francesa em 1789, no entanto os preconceitos religiosos e a condenação à prática religiosa de outrem se perpetuaram, mesmo não havendo os mesmos requisitos e o tribunal não esteja como forma de sentença neste país. Se a Igreja católica tinha laços estreitos com o Império Luso, não podemos deixar a inquisição de lado, mesmo discorrendo no século XXI. Nota-se nitidamente que o Católico Apostólico Romano do Brasil enxerga como prática demoníaca a religião do negro no Brasil e os protestantes brasileiros a enxergam da mesma forma. Outro quesito que evidencia o protestantismo local é o de condenar não só a religião afro-descendente, mas também a idolatria católica que adotou os fiéis já falecidos que tiveram os seus milagres comprovados pelo Santo Ofício, santidade plena e ascensão ao céu afirmada pela Igreja. Com tantas evidências, creio que a questão inquisitorial não poderia ter sido colocada de lado pelos autores ao qual faço a crítica. Todavia, traduzem a desculpa de uma unidade cristã e a pregação do cristianismo verdadeiro para que se faça a “demonização” da religião afro-brasileira. Há também outras religiões que sofrem preconceitos como a Kardecista, entre outras tantas aqui no Brasil. Por fim, o Racismo do Brasil enraizou-se não só na benevolência da sociedade brasileira a cultura branca européia, mas também nas questões regionais, incorporando o preconceito a uma maneira singular de reduzir o povo negro e os povos que não estão enquadrados aos estereótipos almejados pela sociedade que busca a estética como arte final, confundindo o belo com o branco de forma boçal. Compreender não só o eurocentrismo e o etnocentrismo, mas todo o processo de imposição cultural brasileiro engrandece qualquer pesquisa sobre o preconceito no Brasil.
Por: EVANDRO AMARAL FERNANDES - GUGA.
Viva o Coletivo!



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BENTO. M.A.S. CARONE.I.(Organizadoras) BRANQUEAMENTO E BRANQUITUDE NO BRASIL In: Psicologia social do racismo – estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil / Petrópolis RJ: Vozes 2002.
CARDOSO, Lourenço In:RETRATO DO BRANCO RACISTA E ANTI-RACISTA. Artigo e o termo branquitude acrítica com base em pesquisa de mestrado: O branco invisível.. 2008.
JÚNIOR, Caio Prado – A Formação do Brasil. In: Sentido de colonização. contemporâneo. Editora Brasiliense/Editora Pallotti. São Paulo, 1994.
NOVINSKY, Anita In: Inquisição: Prisioneiros do Brasil. Ed. Perspectiva, São Paulo, 2009.
OLIVEIRA. J. P. FREIRE. C.A.R. A presença indígina na formação do Brasil. Coleção educaçao para todos. Brasilia novembro de 2006
RODRIGUES. N. Cronica Nelson Rodrigues - 25 DE MARÇO DE 1958, NUM SANTOS 5 X 3 AMÉRICA, NO MARACANÃ. www.jornaldatarde.com.br

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