segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A Neymardependência envaidece o chefe do grupo gestor.

 A Neymardependência envaidece o chefe do grupo gestor.

Santistas de alma prestem bem atenção, olhem para o horizonte longe da penúria que aflige o coirmão da zona oeste da capital, pois chegamos a uma situação cômoda na tabela de classificação. O Peixe está há 11 pontos da zona do G4, há 14 pontos do z4 e a 27 pontos da Unimed que é a líder do brasileirão até aqui.  São inúmeros os profissionais do rádio que descrevem como situação cômoda a que o SANTOS se encontra neste exato momento, após ganhar da dupla de alvinegros do Rio de Janeiro das praias, do carnaval, do samba bem cantado e da ajudinha histórica dos árbitros. Comodidade é isso?
Reflitam comigo SANTISTAS DE ALMA, estamos mesmo em uma situação cômoda?
Foi isso que tu sonhaste no ano do centenário? Eu digo tu para relatar o que o santista de bermudão e chinelo, bem de boa no canal 2 perguntaria a um brother. Aqui na quebrada, na populosa zona leste da capital, um mano diria: É isso memo que cê sonhou Jão?  Sim santistas de alma, ganhamos 2 títulos em nosso centenário, mas ficou um gostinho de quero mais, um sentimento de que fomos enganados pela atual “gestão”.
Não é de hoje que nos acostumamos com os títulos, já faz mais de uma década que ressurgiu a boa nova do futebol praiano em solo paulista. Eu, santista de alma sofrida no auge dos meus trinta anos chorava a toda desclassificação do PEIXE na década de 90, ano após ano,  já não sonhava com o topo, queria apenas um Paulistão para sair da fila. Hoje tudo mudou, com inúmeras conquistas, o Paulistão do santista de alma de outrora virou um paulistinha diante da retomada de nossa grandeza. Voltamos a vencer, voltamos a revelar craques, deixamos de sonhar com Ranieles e Darcis e começamos a nos divertir com a nova safra dos meninos do encanto, do brio, dos dribles e das pedaladas que deixam os nossos adversários aos prantos. Ganhamos na região, no país e atingimos o topo do continente, tudo como já fizemos, no entanto sucumbimos na hora de ganhar o mundo. E isso não nos aquietará, podem apostar. O Santista de alma quer mais, quer voltar ao topo, quer ganhar o mundo mais uma vez.
Na orla da baixada não se enxergou as belas garotas de sorrisos marcantes, as ondas não deram surf, o mar não foi pra PEIXE e no segundo semestre o futebol de encanto foi ausente. A Baixada está triste, Baixada e toda a região queria mais e é de lá que a alegria e ousadia se espalham para todo o país e transcende as nossas fronteiras.
O  que vimos no Segundo Semestre foi um SANTOS ausente, sem graça, sem atitude, sem a tão famosa ousadia e alegria, vimos uma neymardependência absurda, um time que joga em função de um craque e que sem ele não consegue se firmar. Estamos vendo a dependência diminuir, mas faltam apenas 8 rodadas e ficaremos em uma posição confortável, não para nós, mas sim para os medíocres. O lugar do Santos é o topo.
Nós alcançamos alguns dos nossos antigos números, nos aproximamos de grupos vencedores que honraram as nossas tradições, relembramos os nossos antigos esquadrões, chegamos bem perto de alcançar um feito que somente o Santos de Pelé atingiu e não é a hora para baixarmos a guarda. O Santista de alma quer atitude, quer um Presidente que se envaideça por conquistas plausíveis, que se imponha na mídia demonstrando a nossa camisa pesada e não um líder de um grupo gestor que está de olho em revelações, pois não somos colônia de exploração de clube europeu, o SANTOS não é apenas time de revelação e venda de jovens atletas. O Athiê não vendeu o Pelé para Europeu algum e que consigamos fazer o mesmo com a nossa jóia atual e isso não é competência, é obrigação e não caiamos no discurso de que estamos em novos tempos. Que sejamos um esquadrão e que não possamos ver um Presidente envaidecido somente por ter conseguido segurar o Neymar e que deu ao garoto jogadores medianos, dando uma condição de time de meio de tabela de campeonato a nosso plantel.
Quantas frases prontas nós temos no futebol brasileiro atual?
Eu tenho pelo menos duas de bate pronto:
“Eu quero ver na Copa”. Até na fila da Padaria eu já ouvi um rapaz dizendo tal frase insatisfeito com a demora.
A outra é:
“O Laor errou, mas segurou o Neymar”.
O Santista de alma de verdade não aceitará a desculpa de que o SANTOS não foi campeão do brasileirão ou  não ficou entre os times que conseguiram a vaga do maior torneio continental de clubes porque a CBF nos tirou o melhor jogador, que nos tirou 3 jogadores  no período que se jogou o brasileirão em meio às olimpíadas. O Santista de alma de verdade sabe que faltou atitude para o alvinegro das praias e sobrou soberba na alta cúpula da Direção. Dizem que o regime é democrático e que o Laor não toma decisões sozinho, então todos erraram, todos os presidentes anônimos do PEIXE pecaram.
O Neymar é ídolo, é gênio, é craque e uma centena de bons adjetivos. O Neymar é alegria e ousadia, mas avisem ao Laor que o SANTOS não é só isso...
O orgulho é cabível no pecado da vaidade, mas a vaidade do Laor e do grupo gestor foi o maior dos pecados no ano do Centenário. Que sirva de lição!

Evandro Amaral Fernandes – Guga.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

É de interesse da Confederação Brasileira de Futebol enraizar-se na condição de colônia de exploração, infelizmente.



É de interesse da Confederação Brasileira de Futebol enraizar-se na condição de colônia de exploração, infelizmente.

Nos anos dourados os clubes do Brasil seguravam seu craques, tínhamos nos campeonatos regionais e no nacional uma leva de ótimos jogadores e até mesmo o maior de todos jogando por aqui. O Brasil era o eldorado da bola, uma imensidão de grandes jogadores que desfilavam a qualidade técnica em seus clubes e os clubes não tinha somente 11 bons jogadores de linha, tinham elencos com bons jogadores e davam ao luxo de ter grandes reservas, como o Almir Pernambuquinho que foi reserva no Peixe durante o reinado do Pelé. Ao fim do reinado do craque do século, o futebol no Brasil foi perdendo a força e os craques de verdade foram deixando os seus clubes paulatinamente. Na década de oitenta iniciou-se um levante de exportação de ídolos e tal deserção foi acelerada no inicio dos anos 90 com o bom time do São Paulo e a astúcia da Parmalat em comprar barato e vender caro. Eis que o futebol brasileiro se tornou colônia de exploração dos europeus. Não é a toa que a Seleção que ganhou a Copa de 1994 já se fazia presente com vários jogadores jogando na Europa e a seleção de 2002 com quase uma totalidade de jogadores exportados ao velho continente.
A crise na Europa mudou o cenário do futebol brasileiro e estamos conseguindo segurar nossas jóias, mas há uma Instituição que não quer ver um futebol nacional recheado de craques, com suas grandes estrelas brilhando em solo brasileiro e esta Instituição se chama Confederação Brasileira de Futebol, ao qual organiza o seu campeonato em meio a amistosos insignificantes, tira dos clubes o Direito de ter os seus melhores jogadores jogando nos jogos do Brasileirão, enfraquecendo os times e esvaziando os estádios. Será que organizar um calendário que não prejudique os Clubes é fazer muito?
A função da CBF é organizar os campeonatos locais, dar suporte aos seus federados, mas o que vemos é uma enxurrada de bobagens, erros e mais erros e os nossos clubes reféns de tal desorganização.
Fazer um campeonato com uma organização que satisfaça o futebol brasileiro e que faça jus a um país com 5 títulos de copas do mundo e inúmeras conquistas de Clubes no cenário continental e intercontinental deve ser uma regra e que nós torcedores de futebol cobremos por uma modernidade dos nossos cartolas que trabalham bem perto das belas praias no nosso querido Rio de Janeiro.
Do jeito que está não está bom, que os comandantes do nosso futebol olhem pelos clubes brasileiros e que façam a nossa grandeza ser plena, como merecemos, da forma que o torcedor brasuca merece, brasuca com s e não com z, ficando bem claro.

Evandro Amaral Fernandes – Guga.