sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Futebol nacional. Patrimônio cultural brasileiro ou business?

Futebol nacional. Patrimônio cultural brasileiro ou business?

O futebol contemporâneo nos leva a crer que os nossos clubes de futebol no Brasil podem alcançar em valores e investimentos os tão bem quistos pela mídia mundial, os clubes europeus, que tem como presidentes e diretores, homens ligados a todas as formas de negócios, sendo o mais importante deles, o petróleo.
Haja vista que na década de 80, no século XX, alguns clubes da Colômbia tinham como principal renda, o narcotráfico e perderam suas forças futebolísticas por conta de duras medidas do governo local contra os narcotraficantes, já no leste europeu, existem rumores de negócios obscuros de homens ligados a crimes políticos e tráfico de armas. Desta forma, podemos nos orgulhar em dizer que o crime organizado não tem nenhum envolvimento com os nossos clubes e temos em nosso principal esporte a ética impetrada, algo que não há em qualquer potência futebolística mundial. Seria crível imaginar que existe ética no futebol brasileiro?
Esta semana, ou melhor, nos últimos meses, estamos discutindo o reconhecimento de títulos nacionais, cotas televisivas, débitos com entidades do futebol e pasmem, discutimos também a taça das bolinhas. A Caixa Econômica Federal criou este troféu para homenagear o clube que ganhasse o primeiro Tri Campeonato consecutivo ou o primeiro Penta Campeonato, que teria uma conta inicial no ano de 1971.
Após, toda essa discussão gerada com a confirmação do Octa Campeonato conquistado por Santos e Palmeiras, respectivamente e beneficiados como Botafogo, Cruzeiro, Bahia e Fluminense, a Caixa Econômica Federal entregou a taça ao São Paulo e em menos de uma semana, a Confederação Brasileira de Futebol, reconheceu a Copa União de 1987, acabando com toda a polêmica criada sobre este título conquistado pelo Clube de Regatas Flamengo. Simples assim, com apenas uma “canetada”, um apoio político transforma uma discussão de quase 23 anos em ato consumado e se estivesse sendo discutido na esfera jurídica, seria trânsito em julgado. Basta saber, quem ficará com a taça.
Pronto, Mengão Campeão de 1987, 23 anos após e todos ficam felizes, ao menos a maior torcida do mundo ficou.
Santista de coração, desde criancinha, sempre disse a todos que o meu clube havia ganhado todos os nacionais conquistados dentro de campo, mesmo antes do reconhecimento e o que mais me entristece, foi da maneira que tudo foi conduzido. O meu clube de coração precisou apoiar a CBF, na esfera política, se aliou com outros clubes na última votação do Clube dos 13, onde o Kleber Leite, candidato com apoio da entidade máxima do futebol canarinho saiu derrotado na votação, mas ao menos o Peixe obteve o reconhecimento dos títulos do maior time de futebol de todos os tempos. Derrotado ou vitorioso, não importa, o que se discute foi à maneira que foi necessário para se obter o reconhecimento dos títulos.
Política no futebol, bastidores em erupção e empresas da mídia brasileira envolvidas em uma discussão jamais vista antes no futebol nacional. Dinheiro, muito dinheiro, que fará a empresa ligada a uma denominação Neo-Pentecostal e a mais imponente delas, que cresceu na ditadura e hoje continua utilizando a especulação e apoio político para desunir os clubes do Brasil, pois, não concorda de forma alguma dividir a audiência de suas telenovelas com o futebol que há tempos lhe pertence. Veremos nos próximos dias ou na próxima semana, talvez, ou melhor, a maior briga da história do futebol nacional na era capitalista. Edir x Marinhos, quem leva a melhor? Veremos as cenas finais nos últimos capítulos desta novela.
Se o dinheiro vem de grupos capitalistas ou de recursos Neo-Pentecostais, não vem a mesa de discussões, o que se discute é a ética no Futebol, pois da forma que está fará com que a população brasileira deixe de crer que não existam corruptos no futebol, ou que empresários de jogadores ou ligados ao futebol nacional não tenham ligações com o crime organizado.
Eu não tenho informações, não tenho fonte alguma e não quero crer que bandidos tomam conta do futebol nacional, pois aprendi, mesmo que tenha sido de uma herança militar, que o futebol brasileiro é o melhor do mundo e que nossos clubes é um patrimônio nacional. Viva o futebol canarinho porque a “A taça do mundo é nossa,
com brasileiro não há quem possa. Êh eta esquadrão de ouro, é bom no samba, é bom no couro”...



Evandro Amaral Fernandes
25 de Fevereiro de 2011

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Afro X no programa Provocações da Tv Cultura, apresentado pelo ator e jornalista Antonio Abujamra

Depois de mais um dia de trabalho e de ter acompanhado a aula do Professor Fernando sobre o Código Napoleônico, cheguei a minha casa e em mais um momento de alienação, sentei em frente à tv e acompanhei parte da entrevista de Antonio Abujamra concedida pelo Rapper Afro X ao Canal 2, tv Cultura e tão logo notei que o apresentador está meio confuso com os problemas na esfera educacional brasileira.
Em um trecho da entrevista, o jornalista perguntou sobre o que ocorreu nos Estados Unidos da América na década de 40 no século passado, onde negros foram massacrados e o Rapper não soube lhe responder. O apresentador ficou um pouco surpreso com a negativa do Afro X e fez uma pequena crítica aos negros brasileiros, pedindo mais empenho sobre assuntos ligados a segregação racial no mundo.
Ora, Abujamra, o senhor, um dos maiores intelectuais deste país, não notou que não se ensina História no Brasil como se deveria e nós brasileiros estamos inseridos em um sistema tecnicista, implantado pela Ditadura Militar, que deixou o poder na década de 80 e nada foi alterado, ou melhor, mudou-se muito com o fim da Ditadura, mas infelizmente foi a caminho da regressão. A LDBN de 96 não funciona e os atuais "liberais" que estão no comando não conseguem mudar o atual sistema, onde a progressão continuada faz sucesso entre a garotada. Pode até ser uma heresia cometida por quem vos escreve em dizer que os alunos matriculados no período da Ditadura eram melhores qualificados do que os atuais alunos, entretanto basta pedir a um aluno matriculado no sistema de ensino do Governo do Estado de São Paulo fazer uma pequena leitura e visualizará algo alarmante, como gagueira ou incompreensão de algumas palavras. Sabemos que os alunos ingressados no período militar estudavam até a antiga quarta série e logo depois se estendeu para a antiga oitava série e todos eles sabiam ler e escrever. Estranho, não?
Apesar de tudo, continuarei sonhando com o progresso e se sonhar com um país melhor é buscar um sistema de ensino eficaz, sonharei por todos os dias em minha jornada em busca da resistência intelectual, por um país mais igual, onde todos, ou pelo menos a maioria terão acesso a um ensino de qualidade.
Lembrando que eu também faço parte da grande massa que se formou ou ao menos passou pelas salas de aulas do atual Governo do Estado Bandeirante e necessito, como todos outros ex-alunos, milhões de guerreiros brasileiros, correr atrás do prejuízo causado pelo Sistema Público de Educação.

Como diria Paulo Freire:
"Todo ato de educação é um ato político".



Evandro Amaral Fernandes

Link : Afro X
http://afroxis.blogspot.com/2011/01/afro-x-participa-do-programa-provocacao.html

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Orando na penumbra.

Letra: Orando na penumbra.

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Por: Evandro Amaral Fernandes - Guga.

Com a cara e a coragem
E um semblante diluído
Com problemas que avassalam
Pensamentos em extermínio
Eles querem algo a mais
Tiram tudo de você
Tudo em volta é plausível
Mas não lhe dá prazer
O mal sopra em seus ouvidos
Pra roubar o teu caráter
Pra sujar seus belos sonhos
E tomar sua coragem
Se a vida lhe maltrata
Pequenez de sentimentos
O ardor segue os seus passos
Vem colado em sua sombra.

REFRÂO: Se libertar do mal, lutar, acreditar, ter fé é o bastante, você vai conseguir, se libertar do mal, lutar, acreditar, ter fé é o bastante, você vai conseguir, se libertar do mal...

A estrada se encurta
Em um sonho desprezível
O algoz do vencedor
Segue a sina do indivíduo
Muitos focam a maldade
Prosperada na ganância
Que diverge com o bem
No andar da própria sorte
Quantos vícios e versões
Alguém tem que compreender
Pra entender o que é ruim
E esquecer ao amanhecer
A virtude segue exposta
Anda frágil e contestada
Te pediram algo em troca
Algo fútil e distante.

REFRÂO: Se libertar do mal, lutar, acreditar, ter fé é o bastante, você vai conseguir, se libertar do mal, lutar, acreditar, ter fé é o bastante, você vai conseguir, se libertar do mal...




terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Êxodo Sertanejo


Letra: Êxodo Sertanejo
Guga - Evandro Amaral

Há tempos sofremos, de longe viemos
O som que escolhemos é o dom que nós temos
A luta e conquista do povo hebreu
A semelhança da dor de um filho teu
Morte, homicídio, choro transmitido
Terror na cidade, a cores, ao vivo
Somos filhos do caos
Da luta cansativa
Armados com idéias em uma pátria assassina.

LUTAR, LUTAR E TER FÉ PARA VENCER
LUTAR, LUTAR, LUTAR
LUTAR, LUTAR , LUTAR PARA VENCER
LUTAR, LUTAR, LUTAR... ( Refrão ).


Miséria no caos em um jardim florido
Juventude liberta de um esgoto político
Onde possamos entender o bem e o mal
O Poder legislativo, Judiciário e Federal
Onde possamos viver da melhor maneira
Das verdades do país, da Pátria, da bandeira
Livres como pássaros, felizes ao céu
Liberto de um sistema nojento e cruel.


Esta composição é uma homenagem aos meus avós, pais e familiares que vieram do Nordeste tentar a sorte em São Paulo e fizeram deste Estado uma potência dentre os grandes Estados do mundo.
Homenagem esta, singela, pois o povo sertanejo são os verdadeiros patriotas, povo que deixou a sua terra para viver um sonho dentro de uma mentira tecnicista, vendida pelos opressores da ditadura brasileira
 

Filme: Era uma vez a América

Sinopse:
Era uma vez na América ( Once Upon a Time in America) é um de filme de 1984, do gênero drama, realizado por Sergio Leone e com roteiro baseado no livro de Harry Grey. A música original é de Ennio Morricone.

Principais Personagens:
          Robert de Niro - David Aaronson
          James Woods - Maximillian Bercovicz
          Elizabeth McGovern - Deborah Gelly
          Tuesday Weld - Carol
          Treat Williams - Jimmy O'Donnell
          Joe Pesci - Frankie Monaldi
          Danny Aiello - Chefe de polícia Aiello
          William Forsythe - Philip Stein
          Burt Young - Joe
          James Russo - Bugsy
          Jennifer Connelly - Deborah jovem
Depoimento:
Tratando-se de América onde existe poder e ganância em diversos setores da sociedade, fica cada vez mais nítido no transcorrer do drama policial que Max e Noodles, principais personagens do filme, não teriam a tão sonhada aposentadoria que possivelmente os deixariam livres de assaltos e homicídios.
Abordando o tema com um olhar atual, nota-se que a proibição de um determinado produto não impede que a sociedade não tenha acesso a eles.
Monstros mascarados de mocinhos, os mesmos criados pelo Estado para servirem o poder paralelo, matam, assaltam e estupram, podem ser vistos nas ruas da América ou em ruas dos subúrbios mais próximas. Seria este, um roteiro de um clássico do cinema que tem a sua história discorrida nos anos 30 ou uma canção composta por um gangsta-rap, dos anos 90?.
Dizer que o filme é ótimo e que atores como Robert de Niro, James Woods e Elizabeth Macgovern tiveram uma ótima atuação é “chover no molhado”, pois o filme diz muito mais do que jovens delinqüentes que se tornam grandes criminosos.
Portanto, Era uma vez a América não teve a rubrica do Sergio Leone em um documento qualquer, mas sim toda uma obra cuidadosamente redigida e que faz o telespectador observar o drama de uma maneira histórica e plenamente atual.