sábado, 24 de março de 2012

Eu tenho a consciência tranquila por dar ouvidos ao "consciente coletivo".

Nas redes sociais nós podemos ser o que quisermos e publicar tudo aquilo ao qual queremos expor, mas algo ainda não pode ser visualizado: A voz da consciência.

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Sentei-me a frente do entediante notebook para fazer algo tão corriqueiro quanto lavar as mãos, tomar banho, comer, dormir ou fazer sexo, embora para alguns este quesito não esteja tão presente em seu cotidiano, pois bem, a internet para alguns virou rotina, não só no trabalho, mas também no dia a dia. Fiz por um momento da minha página em um determinado site de relacionamentos um mural de revolta, um outdoor de notícias que não seriam vinculadas por quaisquer mídias. Um levante em um espaço de origem duvidosa dando ênfase ao grito contra a opressão, entusiasmado pela luta e resistência. Ora bolas Jão, que resistência eu poderia impor e contra quem eu lutaria?
Nem mesmo um cervejeiro de barriga conquistada pela cevada em um bar de uma quebrada qualquer não deixaria de dar um pitaco sobre qualquer assunto, seja ele político, econômico, racial, social, ecológico, psicológico entre outros questionamentos. Não seriam necessários tantos sinônimos ou tantas metáforas para aflorar qualquer tema, pois a cada gole de Brahma em Sampa, Skol no Rio ou Glacial e Cristal por este imenso Brasil, teriam diversos questionamentos sobre algo do passado, do presente ou o que possa ocorrer no futuro.
Em um país de Católicos, como quem vos aqui discorre, Protestante, Umbanda, Kardecista e tantas outras denominações, seria fácil discorrer a luz da “obediência teológica” e deixar o dolo somente nas mãos de DEUS antes de comentar qualquer assunto. Sim Jão, culpam DEUS sem perceber, muitas vezes sem mesmo crer e confundem a esfera política com teologia. Embora confuso, defendo a tese de que somente oração não traz arroz e feijão, mas é evidente que a fé faz de um homem, Cristão ou não, suportar dias e dias sem o devido pão. A cada vez que apontam um Hospital sem leitos e médicos ou um Posto Clínico sem remédios, ouve-se “só por DEUS”. Então quer dizer que a culpa é de DEUS PAI por não ter leitos, remédios ou médicos para a população. Ah Jão, revolta-me tamanha negligência, não a política, mas a eleitoreira. Se DEUS não o faz, porque brigaremos?
Continuemos pagando a César o que é de César e dando a DEUS o que é de DEUS. Mas deixo outra pergunta: O que seria de DEUS neste país, os canais de Rádio e TV ou a fé que aliena o ser? - Vai saber Jão!
Andam falando por aí que há um novo ativista e que tem um poder imensurável. Segundo a fala do comunicador, somente a História poderá medir as atitudes destes sujeitos que persistem em criticar ou denunciar, porém deixou-me inteiramente cabisbaixo, pois se trata de uma forma pejorativa e talvez seja um termo lançado por um porco capitalista qualquer e este termo se chama ativista de sofá. Tal termo me fez refletir e talvez eu repense algumas coisas nesta vida de hipocrisia plena.
Eu confesso-lhes que não sempre, mas talvez eu me envergonhe, não sei ao certo se a palavra é vergonha, mas talvez eu me arrependa por questionar algumas coisas e ainda beber da fonte do saudosismo, porém não tenham dúvidas, eu tenho a consciência tranquila por dar ouvidos ao "consciente coletivo".
Assim eu sigo Jão, no rumo certo...

Evandro Amaral Fernandes – Guga.

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