segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

As flores que emitem veracidade.

O vento soprará em seus ouvidos, perceberás que o verão passa e abandonarás o entusiasmo desta estação. Haverá um dia que a primavera será primordial em sua vida, mais do que você imagina e passarás a crer nas coisas simples.
Aguardo com ansiedade as flores que emitem veracidade e deixar para traz o sol exuberante que camufla a hipocrisia.
Segue-se o rumo, Jão!

Evandro Amaral Fernandes - Guga.

sábado, 21 de janeiro de 2012

O macarrão instantâneo de atualizações e variedades.

O macarrão instantâneo de atualizações e variedades.

O saudosismo me toma de assalto levando-me à pretensão que deturpa um olhar mais otimista à vitrine dos sentimentos, da alegria, do amanhã que espera o despertar tão saltitante quanto o coração daquele que conhece o novo, do primeiro encontro ou de ganhar no jogo.
Cansado de tentar compreender, decidi não mais julgar, pelo menos com a veemência de antes, porque julgar o novo é agir de forma injusta e desonesta. Por ora sinto-me um cinquentão, mas não, próximo de chegar aos trinta, tão imaturo, enxergo um cotidiano confuso. Belas garotas são mais mulheres que outrora e a ingenuidade já não faz parte da adolescência de nossas meninas e não afirmo que no passado não afloravam desejos, não isso, mas antecipa-se a pratica antes de pensar em desejar.
Os sonhos dos cânticos do passado já não são os mesmos, a esperança em uma grande Comuna já não é tão esperançosa e a modernidade, talvez tardia de nosso país nos trouxesse a um momento tão complexo de compreender que já não sei mais por onde andar, no que sonhar.
Se houver uma pequena reflexão sobre o nosso futuro, certamente dirão que o futuro é agora, mas qual agora? O agora do imediato anda fútil, tão fútil que eu nem sei ao certo se é correto afirmar que andam fúteis os munícipes que nos rodeiam, porque os malandros dos nossos bairros já não são tão malandros assim, as rodas nos saraus já não encantam como antes, os jovens de jeans quando sonham é por um carro ou uma moto melhor, enfim.
Lá vai o cara que pouco viveu e que viu a influência negra nova iorquina tomar conta da capital bandeirante e há pouco ser tomado por uma nova onda, não a social, mas a comportamental de comportamentos tão individuais. Sim eles querem o tênis e aquelas blusas, querem os carros e querem o ouro, querem de tudo em uma audiência una. Eu não estou falando de mudanças significativas de um século para o outro, estou percorrendo uma ou duas décadas.
O Passat iraquiano já não cabe mais, o fusca envenenado e a 125 já não são os sonhos dos garotos. Quanto mais se tem, mais se quer e quanto mais se quer, mais será capaz. Chata rotina de um cotidiano moderno. Já me acham no celular e em qualquer lugar, transformou-se do bar um ambiente contemporâneo. Os rádios tocam e não são os de pilhas, as danças começam e não são as juntinhas, ah eu juro que também sonhei em dançar juntinho. Encontra-se de tudo e em todas as mídias, mulheres lindas, mentes sadias, verdades e mentiras em perfis doentios.
Tão logo irá passar, tão logo deixarei de sonhar o que sonho agora, porque me tomei do ambiente para esta medíocre reflexão. Irei à minha cozinha, prepararei o meu macarrão instantâneo e em poucos minutos me alimentarei de ilusões que certamente fará de mim igualzinho aos demais, porque sonhar sempre é preciso e atualizar-se é beber da fonte dessa nova juventude. Então seguimos, mentindo que somos sempre felizes, com copos cheios e corações vazios.
Assim caminhamos, Jão.

Jamais confunda temor com covardia.

Disseram-me que as pessoas que tem medo de morrer não sabem o que é viver, pois bem, há de se compreender, porém o medo faz do indivíduo algo corriqueiro e não temer nem sempre é sinônimo de viver. Cresci temendo e aprendi mais com o medo do que imaginam e até hoje eu não encontrei ninguém 100% fulgás. Se não houver angústias durante o dia, talvez surja na penumbra ou no consciente, quesito este mais temível de todos, porque a voz da consciência é a mais assustadora. Jamais confunda temor com covardia.
É assim que eu sigo o rumo, Jão!

Evandro Amaral Fernandes - Guga.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

À espera de alcançar um rio de perfeições

À espera de alcançar um rio de perfeições e inquieto sem o impulso à escrita, aguardando um levante de sentimentos para não desaguar em um córrego qualquer. Eu NÃO procuro apenas águas límpidas e tranquilas, procuro o rio de águas claras que toca no mar de águas mansas que não carregam a sujeira que no fundo pode estar, navegando em busca da água que tem vida e dá a vida e isto é mais que a simples chegada da água doce ao mar. É assim que eu sigo Jão!
Evandro Amaral Fernandes - Guga.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Marcos, o arqueiro caipira do Brasil.

Marcos, o arqueiro caipira do Brasil.


Incontáveis são os elogios, imensuráveis são os adjetivos que o exaltam. Multiplicou-se pelos rádios e televisores e diversas emissoras o descreveram atribuindo-lhe múltiplos elogios durante o período em que se consagrou como maior goleiro da era moderna do futebol brasileiro.
Exagero o meu?
Para descrever as façanhas do dolorido arqueiro alviverde, seria necessário não só conhecer o futebol Palestrino, mas vivenciar de perto os dias de luta e os dias de glória daquele que defendeu tão bem o tento do time da Turiassú e isso é algo que eu não acompanhei com o olhar peculiar de um palmeirense. Por este motivo, tal artigo ficará incompleto.
Venerado pela maioria esmagadora de fanáticos torcedores do esporte bretão, lembrado pela fragilidade do seu corpo em suportar lesões, fez da sua trajetória no futebol algo a ser seguida, trajetória esta que será disponibilizada pela memória futebolística e por futuros saudosistas que darão ênfase não só em suas defesas, mas também por toda a astúcia em ser um guarda metas de qualidade inquestionável.

Eu, medíocre blogueiro, escritor de gramática periférica, Cristão declarado, Católico batizado e “Protestante” por admiração, tenho certo receio em chamá-lo de Santo, por entender que os bons exemplos deixados por homens Cristãos não devem ser comparados fora da Igreja, ainda mais no futebol capitalista da atualidade e tomando tal canonização dada ao goleiro, com um olhar Protestante, haja vista que tenho grandes amigos e familiares Protestantes, tal Santidade guardada ao Marcão ficaria ainda mais sem sentido. Mas não, enxergarei ainda que seja só por hoje como algo normal, se o chamam de Santo, quem sou eu para questionar? O Brasil é Católico e hipócrita, Cristão Protestante cada vez mais secular, aqui se faz várias formas de rezar ou orar, seja na Umbanda, seja para Jeová, mas na hora de votar todos se viram ao altar, vale lembrar as últimas eleições que se pode ver até
ateu a rezar. Então se somos hipócritas, inclusive quem aqui escreve, libera-se a canonização e que desfrutem tal exaltação. Sim pouquíssimos leitores que aqui se encontra, o Marcos é Santo de fazer milagres pontuais e sequer é necessário aqui apontá-los.
Já há algum tempo eu leio nos sites de relacionamentos comentários dos sempre alienados e parceiros de alienação futebolística e uma enxurrada de comentários de jornalistas esportivos que o Marcos tem grande caráter. Se o Marcos ao qual tento fazer um pequeno artigo para homenageá-lo tem qualidades que afloram honestidade, NÃO posso reproduzir tais comentários, pois não o conheço e não tive o prazer de ao menos frequentar um churrasco em um domingo despretensioso ao lado do goleiro, não que seria o bastante, no entanto sei que consideram amigos por aí os colegas de copo e de espetinhos dominicais.
Uma coisa é certa, carisma o goleiro tem de sobra, ri de si mesmo, faz piadas de suas dores, não se descreve com a grandeza merecida e é dono de comentários e reclamações autênticas. Se o time perdia era o goleiro que estava lá para falar e se colocar como escudo. Após a saída da Multinacional dos Laticínios, tornaram-se frequentes as suas lamentações e afirmo que o Palmeiras não se apequenou, mas caiu no mesmo erro dos Clubes brasileiros e não soube se preparar para o fim do arrendamento. Eu santista de nascimento, dos mais alienados que se possam encontrar, não posso zombar da dor alheia, pois sei o sofrimento que guarda não só no semblante, mas todo o desespero que fixa no coração por insucessos que apunhalam um torcedor de futebol.
Suas conquistas são admiráveis e seu maior erro foi de tomar de assalto a esperança dos “carcamanos” da terra Bandeirante e admiradores do Palestra por todo o país, cito propositalmente "carcamanos", termo pejorativo que descrevia os italianos que chegavam ao nosso país no século XIX e assim deixa evidente que eu não sou torcedor alviverde. Felizmente foi guardado ao gigante goleiro algo maior do que o Mundial de Clubes conquistado por anjos decaídos da terra da Rainha, pois naquela batalha os diabos vermelhos saíram vencedores do campeonato de Clubes mais importe e é sabido que as justiças no futebol não existem, mas nada como a justiça divina que é uma regra para quem crê. Marcos, contestado em poucos momentos na fase eliminatória para a Copa da Alemanha, ganhou a confiança do gaúcho sisudo treinador e no momento decisivo multiplicou-se em baixo dos três paus e contribui para o seu país em batalha contra a seleção local com a última grande conquista e o último grande orgulho desta pátria mãe de chuteiras.

Não, as lesões NÃO venceram o gigante Marcos, pois Marcos foi o vencedor que este Brasil sonha, autêntico nas palavras e que não faz da sua maior façanha um mero produto de arrogância por imposição e entendo que este goleiro não deixou de ser caipira, mesmo ganhando um pouco mais de tostão, por que não faz das suas façanhas, exaltação por imposição.

Lá se foi mais um exemplo no apagar das luzes da esperança. Aos saudosistas eu deixo um sinal: O dinheiro faz do futebol um esporte cada vez mais marginal.

Uma pena e assim sai de cena o goleiro que negou as Libras e se contentou com o Real, mesmo sendo um grande nome Mundial.

É vida que segue. Obrigado Marcos.


Evandro Amaral Fernandes - Guga.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O Crack em São Paulo nos remete a reflexões

Crack em São Paulo nos remete a reflexões

Eu fui à Rua Duque de Caxias hoje, às “margens” da Cracolândia, comprar conectores de moldes e avistei algo triste e deplorável. Policiais do Choque, Cavalaria, uma enxurrada de viaturas da Guarda do Município para dar fim ao Crack no velho Centro de Sampa. De quem é a culpa eu não sei, mas pra onde vão tantas pessoas viciadas, tantos Frankensteins? Situação deplorável é a realidade do velho Centro de São Paulo. Um rio que deságua desespero, um mar de inquietação. É foda Jão!


Matéria sobre o assunto:
http://noticias.r7.com/sao-paulo/noticias/pm-prende-dois-traficantes-e-um-foragido-da-justica-em-operacao-da-luz-20120103.html

Ronaldo Nazário da Bola.

Ronaldo Nazário da Bola.

O Futebol brasileiro, integrante do bloco que um dia deteve a hegemonia do futebol arte viu nascer um gênio, pobre franzino, suburbano menino de imenso talento, tímido e inquieto, veloz como uma lebre, esperto como uma raposa fez do seu inicio de carreira algo meteórico, metafísico em jogadas que humilhavam “botinudos”. É evidente que tais brucutus não sejam criação do nosso futebol, não isso, mas os dribles desconsertavam zagueiros e marcadores adversários de uma forma particular. Deixava todos boquiabertos, todos deslumbrados com um ressurgimento de um novo talento. Tão jovem o menino partiu, partiu para fama e estrelato. Da mesma forma que deixou os campinhos de terra do subúrbio carioca que já não cabia tanto talento, deixou nosso país para encantar em outras terras.
O Ronaldo foi mais que títulos, mais que conquistas e mais que medalhas, Ronaldo foi talento ímpar, artilheiro, goleador nato, de bico, de classe, de chapa e de calcanhar, fez mais que belas jogadas, fez a rede balançar. E como é de se esperar, fotógrafos, revistas de fofocas persistiam em acompanhá-lo, o lado medíocre do futebol ao qual perdurará.
As mulheres com quem o craque saiu, a mulher com quem se casou com quem namorou isso não me interessa, somente a bola me faz o lembrar.
Uma crônica eu faria se a soubesse fazer, mas segue este artigo, simplista e sem mídia para agradecer-lhe. Ahh futebol de gente bamba, do samba e do rock daqui, do rap tupiniquim e do funk fluminense, futebol do Brasil, dos terreiros de saraus e dos bairros tão nobres que nem o sei descrevê-los. Ahh futebol dos banguelas, dos engomados, dos negócios diversos, dos chopes e ternos, das pingas nos botecos, das cervejas de poucas patacas, nos botequins das quebradas desses vários Brasis. Ahh futebol de gente “desinfeliz”.
Nesse esporte bretão, há de persistir a esperança de uma nova renovação, de pensamento arcaico, de empresários quase sempre mercenários, de negociatas quase sempre obscuras, de amadorismo único que movimenta dinheiro de montão na mão de gente que jamais jogou futebol, nem mesmo o de botão. Ah de aparecer novos talentos, novas jogadas, não iguais ao do R9, creio que não, mais ao menos para nos remeter as jogadas que se perpetuarão nos vídeos de programas saudosistas e de imagens perdidas e sites de nova tecnologia.
“Juro a ti que raiva peguei”, como se diz na terra da praia, “ódio-guarrei”, mas também pudera, contra o meu time de coração, tinha que aprontar, tinha que nos humilhar com gol que só nossos gênios na Vila, dos anos de glórias, lá insistiam a marcar. Mas o ódio que “garrei” logo passou, ficou a lembrança dos gols que marcou, das jogadas de craque dos clubes europeus que aqui nem vale a pena citar. Ronaldo é brasileiro, não nasceu em Milão, passou por Madri, mas sua cara é aqui. Ronaldo é guerreiro e deu a volta por cima, apagando o sofrimento de uma copa perdida. Ahh Copa sofrida, que deixou epilético o nosso esquadrão e mesmo debilitado onde em campo não deveria estar, não pipocou, se propôs a jogar.
Da lhe Ronaldo dos joelhos sofridos, das promessas cumpridas a Nossa Senhora da Aparecida. Da lhe Ronaldo que eu o vi jogar, dos dribles autênticos que nos fez orgulhar-nos.
Ronaldo foi craque, foi gênio, foi brasileiro que nasceu para encantar.
Obrigado Ronaldo Nazário da Bola.

Evandro Amaral Fernandes - Guga.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Mesquinhos.

consumo exagerado

A ganância impetrada não lhe trouxe benefícios
Ao contrário causou magoas
Fez do jovem um homem omisso
Entregou-se ao discurso
A astúcia do inimigo
Viciando a consciência
Aumentando a exclusão
Olhe um pouco para trás
Veja o que você perdeu
Se desate do projeto
Que corrompe e não é teu.


Refrão:
São mesquinhos e egoístas
Eu não respiro deste ar
A ganância se instaurou, usurpou as suas vidas
Dá licença, vou falar
Agora é minha vez
Deste whisky eu não bebo não me banho neste mar.



Diferenças
Encontramos
Pelo horizonte a fora
A mordaça da justiça
A matéria da discórdia
Se o fruto não é meu, não é seu, quem que colheu?
Sobrou pouco aos filhos teus
O excedente não é meu
Conformismo elucida
O momento do país
Vai ficar aí calado ou lutar até o fim.


Refrão:
São mesquinhos e egoístas
Eu não respiro deste ar
A ganância se instaurou, usurpou as suas vidas
Dá licença, vou falar
Agora é minha vez
Deste whisky eu não bebo não me banho neste mar.


Quem não quer se enganar
Chega mais, pela causa
O intuito é transformar
Demorou, essa é a hora
Minha sina é versar
Como o sem o Mike na mão
Transformando sentimentos
Isso aqui não é moda não.


Refrão:
São mesquinhos e egoístas
Eu não respiro deste ar
A ganância se instaurou, usurpou as suas vidas
Dá licença, vou falar
Agora é minha vez
Deste whisky eu não bebo não me banho neste mar.





Evandro Amaral Fernandes – Guga
07/03/2007

Quem?

Impeso em pró da vida
Impeso em pró da vida
Impeso em pró da vida
Impeso em pró da vida
Quem não quer dinheiro e mulher
Uma “caranga” louca e um bom boot no pé
Quem?
Quem não quer viver na mó moral
Chegar com a gatinha e cair pro litoral
Quem?
Quem não quer fugir dessa rotina
Esquecer o tempo e dar um pé no dia a dia?
Eu quero você quer, todos querem
Avisem ao sistema que agora eu também posso
Eu espero que um dia todos possam
Impeso em pró da vida em pró da liberdade.





Refrão:
Eu quero, posso, consigo e conquisto
Um trecho do meu livro é lutando que escrevo
Protesto e peço pra DEUS me proteger
Eu quero o que é meu sem “zoiar” o de ninguém
Senhor proteja os seus filhos, meus irmãos
Sou a favor da paz
Sou contra a humilhação
A vida é loka, sinistra e cruel
E o meu muro de lamentos eu derrubei pra esquecer.

Evandro Amaral Fernandes – Guga - 02/10/2007